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Avós são pais com açúcar’

• Matérias da Edição

| Vida Saudável

Laços de afeto que fortalecem a saúde

Escrito por: Elessandra Asevedo

A expressão ‘os avós são pais com açúcar’ destaca o papel especial que vovôs e vovós têm nas vidas dos netos, geralmente sendo mais doces e compreensivos do que os pais. Muito além do carinho e do amor, esse relacionamento marcado pela paciência cria conexões especiais e enriquecedoras. A longevidade da popu­la­ção mundial amplia a ­convivência de três ou quatro gerações na família, aumen­tando a proximidade emocional entre netos e avós e colaborando para o bem-estar comum. Estudos têm comprovado que esse vínculo afetivo traz inúmeros benefícios para ambas as partes, interferindo inclusive na saúde mental e se estendendo até a idade adulta dos netos. A interação com os netos também proporciona aos avós um senso de propósito e alegria, permitindo colocarem em prática habilidades socioemocionais e ajudando a se manterem ativos e saudáveis. Para os netos, os avós são fontes valiosas de sabedoria, histórias e experiências.

O bem-estar mental dessa convivência já está comprovado por inúmeras pesquisas científicas. Um exemplo é o estudo ‘Solidarity in the grandparent-adult ­grandchild relationship and trajectories of depressive symptoms?’, do Boston ­College, nos Estados Unidos, que usou dados do Estudo Longitudinal de Gerações – pesquisa feita com famílias de três e quatro gerações naquele país entre 1985 e 2004, que era composta por 374 avós e 356 netos adultos. O resultado indicou que um relacionamento próximo e emocional entre esses avós e netos pode ter um efeito mensurável no bem-estar psicológico, associado a menos sintomas de depressão para ambas as gerações. Uma pesquisa australiana também aponta que avós na pós-menopausa que passam um dia por semana cuidando dos netos têm o desempenho cognitivo mais elevado.

De acordo com a especialista em Gerontologia e pós-doutora em Educação Rosa Maria da Exaltação Coutrim, docente do Departamento de Educação e da Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em Minas Gerais, há muitos estudos consistentes por todo o mundo que mostram como o convívio entre avós e netos impacta de forma positiva, tanto evitando a solidão e a depressão quanto melhorando aspectos físicos de ambos. “Os trabalhos mostram que essa relação traz aos avós uma sensação de potência e de validação da própria vida. O relacionamento afetivo com os netos é maior do que tiveram com os filhos, pois não há a obrigação de mandar as crianças fazerem as tarefas que consideram chatas, como escovar os dentes, tomar banho ou fazer o dever de casa”, acentua. Essa convivência mais leve proporciona aos avós uma sensação de plenitude e valorização, além de dar uma nova dimensão ao prazer de viver.

Os avós também exercem um papel de transmissão de cultura, lembranças, hábitos e memórias, e esses elementos repassados através dessa relação são fundamentais para fortalecer o sentimento de pertencimento. Ao exercer esse ­papel, os avós passam a ser valorizados, voltam a participar de uma vida social e ter uma rotina mais organizada para poder estar com os netos. Assim, se sentem integrados e participando da sociedade, o que é fundamental para a saúde mental. “Em uma pesquisa que desenvolvi sobre ganhos e perdas na velhice, a principal perda identificada pelo idoso era o seu papel dentro da família. Essas pessoas queriam exercer novamente o papel que ­possuíam e reconquistar alguns lugares que perde­ram com a vida moderna. Essa sensação de per­tencer à família e ao coletivo é uma das grandes necessidades do ser humano, e o vínculo entre avós e netos é o que mais contribui para desenvolver esse sentimento”, acrescenta a especialista em Gerontologia Vania Beatriz Merlotti Herédia, integrante do Conselho Consultivo Pleno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e docente da Universidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. 

Troca saudável

Como os avós e netos têm conhecimentos diversificados, essa relação permite uma ampla e saudável troca. Enquanto os mais velhos falam sobre suas experiências, acontecimentos históricos e vivências, os netos ensinam sobre as recentes descobertas, tecnologias, brincadeiras e novas formas de ensinar e aprender. “Se antes os avós tinham mais netos e dividiam a atenção, hoje têm um número menor e conseguem investir mais na relação e ter grande afinidade”, pontua a especialista em Gerontologia e pós-doutora em Educação Anne Carolina Ramos, pesquisadora sênior da ­University of Freiburg, na Suíça.n

Do ponto de vista das crianças, a casa dos avós é onde podem fazer muitas ativi­dades que, normalmente, não conseguem fazer em casa. Os netos também afirmam que os avós colaboram muito fazendo comida, cuidando da roupa, levando para a escola e para atividades extracurriculares. Para a especialista, embora a tendência natural seja enxergar o cuidado do adulto para com a ­criança, os netos a partir dos sete anos de idade também podem exercer um papel importante na saúde e no bem-estar dos avós por meio de brincadeiras ou ajudando de fato. Além disso, o cuidado emocional que os dois lados oferecem com abraços, beijos e carinho é fundamental para o bem-estar.

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