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Saúde dos olhos e da visão

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Doenças que afetam a visão

Escrito por: Fernanda Ortiz

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 285 milhões de pessoas no mundo estão visualmente prejudicadas. Destes, entre 60% e 80% dos casos podem ser evitados e tratados. Embora sejam problemas oftalmológicos distintos, astigmatismo, ceratocone, catarata e uveíte estão entre as condições que podem afetar a saúde dos olhos e da visão. Diversos fatores podem levar a essas condições, como genética, idade, estilo de vida, infecções e lesões.

Um dos problemas comuns que atinge a saúde dos olhos e da visão é o astigmatismo. Essa doença ocular causa erros de refração devido a uma alteração na curvatura da córnea ou do cristalino. Por isso, faz com que a luz que passa pela córnea não seja convertida para um ponto focal da retina. Outros sintomas incluem dificuldade de enxergar de perto ou de longe, visão distorcida ou dupla, dor ou sensação de peso nos olhos.

O médico oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, em Campinas (SP), destaca que o astigmatismo é relativamente comum entre as crianças. Porém, o tratamento adequado e o uso de lentes corretoras permite melhora da acuidade visual. “Esta flutuação do foco provoca a sensibilidade à luz e visão desfocada para perto e longe”, detalha o especialista.

O ceratocone é outra condição que prejudica a saúde dos olhos e da visão. A doença é caracterizada pela alteração degenerativa da camada mais externa do globo ocular – a córnea –, que se torna fina e deformada. Como consequência, a entrada da luz no olho é distorcida, colaborando para o surgimento de altos graus de astigmatismo. O médico comenta que o ceratocone responde pelo maior número de transplantes de córnea no País e atinge mais de 100 mil brasileiros – a maioria crianças e adolescentes.

“A troca frequente dos óculos, a visão de halos noturnos e a maior fadiga no uso de telas, assim como coceira e vermelhidão, sinalizam o ceratocone”, ensina. Além disso, o problema também pode levar à fotofobia. Por ser uma doença progressiva, o tratamento de primeira linha é o crosslinking, procedimento cirúrgico que interrompe a evolução em 85% dos casos e elimina o risco do transplante. 

Catarata

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é responsável por 47,8% dos casos de cegueira no mundo, acometendo principalmente a população idosa. Caracterizada pela perda de transparência do cristalino (lente situada atrás da íris), essa condição pode ser congênita ou adquirida. “A opacificação do cristalino provoca a dispersão da luz no globo ocular e resulta em fotofobia intensa podendo, por exemplo, causar cegueira momentânea durante uma condução noturna”, descreve o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto.

Essa condição também causa sensação de visão embaçada, alteração contínua da refração (grau dos óculos), espalhamento dos reflexos ao redor das luzes e percepção de que as cores estão desbotadas. Somente o médico oftalmologista poderá solicitar os exames necessários para a confirmação do diagnóstico, bem como indicar o melhor procedimento cirúrgico para tratamento dessa condição que afeta a saúde dos olhos e da visão.

Uveíte

Essa doença inflamatória que pode comprometer totalmente a úvea ou uma de suas partes (íris, corpo ciliar e coroide) tem como principais sintomas a fotofobia, hiperemia (olho vermelho), dor e visão turva e embaçada. Entre as causas estão doenças infecciosas, inflamatórias ou autoimunes. “Por ter sintomas comuns com quadros de conjuntivite, estabelecer o diagnóstico diferencial é de extrema importância”, alerta o oftalmologista. Quando não tratada, a uveíte pode comprometer a visão definitivamente. As uveítes podem surgir em qualquer faixa etária. Entretanto, são mais frequentes no adulto jovem.

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