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Gravidez após os 50 anos

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A ciência possibilita a maternidade tardia

Escrito por: Elessandra Asevedo

O avanço da medicina reprodutiva trouxe possibilidades que, há algumas décadas, pareciam inimagináveis. Desta forma, a gravidez após os 50 anos tornou-se uma realidade para um número crescente de mulheres. É sabido que o envelhecimento reduz significativamente a fertilidade feminina a partir dos 35 anos. Entretanto, a fertilização in vitro (FIV) e o uso de óvulos doados oferecem novas perspectivas para quem deseja vivenciar a maternidade em idades mais avançadas.

De acordo com a médica ginecologista Tereza Carolina, associada da Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR), a gravidez após os 50 anos é um tema que desperta curiosidade. Ao mesmo tempo, essa escolha envolve uma série de desafios e limitações biológicas. “Sabemos que a média de idade de as brasileiras entrarem na menopausa é 50 anos. Por isso, a gravidez espontânea depois dos 35 anos de idade fica mais difícil a cada ano”, explica.

Assim, a gravidez espontânea depois dos 50 é chamada de ‘raríssima exceção’, sendo possível, na maior parte dos casos, apenas via reprodução assistida. Mesmo assim, essas mulheres já devem ter congelado os óvulos por volta de 35 anos. Do contrário, terão de optar por embriões ou óvulos doados.

Cuidados são necessários

Em resumo, embora a maternidade após os 50 anos seja possível graças aos avanços da medicina reprodutiva, envolve desafios e riscos aumentados tanto para a mãe quanto para o bebê. “Sabemos que tanto a gravidez espontânea quanto por reprodução assistida é considerada de alto risco nesta fase”, reforça a ginecologista.

Por esse motivo, é muito importante que as mulheres que estão planejando engravidar depois dos 50 anos tenham um check-up completo com o seu médico clínico e cardiologista antes da concepção. “As decisões devem ser tomadas com responsabilidade e com base em orientação profissional”, reforça a médica.

Espera

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) observa uma tendência ao adiamento da maternidade no Brasil. Além disso, mostra que o número de mulheres que optaram pela maternidade após os 40 anos cresceu 65,7% em 12 anos. “Embora não haja estatísticas específicas para gestações após os 50 anos, esse aumento indica uma mudança no perfil etário das gestantes brasileiras”, sugere a especialista.

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