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Doenças neurodegenerativas

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Detecção precoce de doenças neurodegenerativas

Escrito por: Fernanda Ortiz

O aumento da longevidade registrado nas últimas décadas é reflexo de uma série de fatores. Entre eles estão uma nutrição adequada, melhores condições sanitárias e cuidados com o bem-estar e a saúde. Apesar disso, o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas segue aumentando com o passar dos anos. No entanto, os avanços recentes em tecnologia médica têm possibilitado a detecção precoce dessas condições. Entre os exames de imagem mais modernos está o PET/CT. A tecnologia PET/CT tem sido um importante aliado na detecção prévia de condições neurológicas, pois fornece informações detalhadas sobre a estrutura do cérebro e a atividade metabólica.

De acordo com o Relatório Nacional sobre a Demência do Ministério da Saúde, divulgado em setembro de 2024, cerca de 8,5% da população brasileira com 60 anos ou mais convive com alguma forma de doença neurodegenerativa. No Brasil, a principal causa de demência é a doença de Alzheimer (DA) que, além de ser responsável por até 70% dos quadros, está associada ao aumento da taxa de mortalidade. O relatório destaca, ainda, que um dos grandes desafios para o tratamento dessas doenças é a ausência de diagnósticos precoces.

Para ajudar a reverter tais dados, a Medicina tem vivenciado avanços significativos na detecção precoce das doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. Segundo o médico nuclear Pedro Henrique Furst Leite, coordenador do setor de Medicina Nuclear e PET/CT do Hospital Orizonti, em Minas Gerais, um exame que tem se destacado nesse campo é o PET-CT neurológico. O exame combina a tomografia por emissão de pósitrons (PET) com a tomografia computadorizada (CT). “Essa junção fornece informações detalhadas sobre a atividade metabólica e a estrutura do cérebro, o que possibilita identificar alterações muito antes do aparecimento dos sintomas clínicos”, explica.

Detecção de marcadores

O PET-CT utiliza um composto radioativo específico que se liga a proteínas anormais associadas a doenças neurodegenerativas. Ao detectar esses marcadores, o exame possibilita um diagnóstico precoce e mais preciso. O especialista complementa que o PET-CT tem sido uma ferramenta fundamental na detecção da doença de Alzheimer, especialmente para indivíduos com histórico familiar ou outros fatores de risco. “Através do exame, conseguimos identificar os indivíduos mais vulneráveis e iniciar o tratamento adequado o quanto antes”, acentua. Com isso, é possível retardar a progressão da doença e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

O PET-CT tem sido incorporado em muitos hospitais como parte dos cuidados no envelhecimento. O médico nuclear observa, ainda, que a detecção precoce de uma doença neurodegenerativa permite a implementação de intervenções terapêuticas e estratégias de cuidado mais eficazes. Dentre as medidas estão mudanças no estilo de vida, assim como o acompanhamento da evolução da doença. “Juntas, essas estratégias oferecem aos pacientes e seus familiares a oportunidade de um tratamento mais assertivo, o que resulta em melhor qualidade de vida durante o envelhecimento”, finaliza.

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