A prática regular de exercícios físicos é fundamental para manter uma vida saudável e equilibrada. Afinal, a atividade proporciona benefícios que vão além do aspecto físico, impactando positivamente na saúde mental e emocional. No entanto, é importante passar por uma avaliação médica antes de iniciar a prática para garantir segurança e eficácia na atividade escolhida.
De acordo com o médico cardiologista Claudio Catharina, gestor de Cardiologia da Unidade Coronariana do Hospital Icaraí, no Rio de Janeiro, a avaliação deve ser feita por um clínico ou cardiologista. Entretanto, se o indivíduo não vai praticar um esporte regular, basta uma autodeclaração de que não apresenta uma série de sintomas durante a atividade.
“Todas as academias são obrigadas a aplicar o questionário canadense sobre exercícios físicos que identifica possíveis riscos à saúde”, argumenta. A ferramenta também possibilita ao aluno informar sobre dores durante os exercícios. Em caso de respostas positivas para perguntas relacionadas à dor no peito, cansaço e desmaio, o aluno deverá passar por uma avaliação médica para identificar qual atividade pode fazer.
Para tanto, o cardiologista informa que pode ser solicitado um simples exame físico, dosagem de glicose, hemograma ou eletrocardiograma. Assim, é rara a necessidade de uma investigação mais profunda, como um teste de esforço e um ecocardiograma. “Entretanto, se o indivíduo tiver uma doença cardíaca estabelecida será necessário fazer outros exames”, pontua.
Coração x exercícios
No caso de pessoas com problemas no coração, a gravidade da doença definirá como o exercício poderá ser feito. Resumidamente, o médico definirá se aquele treino está liberado na academia ou se terá de ser feito em clínica de reabilitação cardíaca. Neste caso, com a presença de cardiologista, fisioterapeuta, nutricionista e outros profissionais que atendam pacientes com casos mais graves.
Dependendo da gravidade da doença, o exercício precisa ser monitorado por uma equipe médica multidisciplinar. “Geralmente, esse grupo envolve pessoas com arritmias complexas que apresentam angina ao fazer esforço”, acentua o especialista. Isso ocorre principalmente após cirurgia de ponte de safena ou angioplastia, assim como com pessoas que apresentam doença estrutural do coração e doença de válvula grave, entre outras.